sábado, 18 de julho de 2015

Vou sumir uns tempos

Bem pessoal...

Eu estou vivendo um outro momento da minha vida, procurando me estabilizar e realizar alguns sonhos que estão parados... Por isso, vou dar um tempo de tudo, para colocar minha cabeça no lugar e alcançar meus objetivos. O meu projeto em relação ao BOBEIRA, é uma coisa que faz parte da minha vida, mas que nem sempre eu estou totalmente disponível para me dedicar.

Eu também estava com uma proposta de lançar um jornal popular, desses simples, com distribuição gratuita, que pudesse ser do interesse de um público mais moderninho. Se essa proposta for pra frente, penso em dar continuidade ao blog, mas por enquanto prefiro deixá-lo parado, sem grandes mudanças, e só escrever quando a vontade realmente tocar meu coração. 

Agora eu também começo uma nova etapa na faculdade, e ela mudará o meu rumo em muitos aspectos, pois começa o TCC. Além da faculdade, estou buscando um trampo em que eu tenha mais estabilidade, e possa conquistar meus objetivos materiais.

E é isso. Até qualquer dia.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

O que assistir na Netflix

Pessoinhas do meu coração !

Olha até que eu não sumi por anos. Só por meses ...

Então, nesse post de hoje eu quero falar um pouquinho sobre a NETFLIX <3 font="">

Pois é, eu já tinha assinado antes, mas por questões burocráticas (dinheiro), acabei cortando o serviço. Mas agora que resolvi tentar mais uma vez estou aproveitando muito, de uma forma que não aproveitei antes. A Netflix traz filmes, séries, desenhos, documentários, todos de ótima qualidade. O que mais me atrai sinceramente, é saber que um desenho como Jackie Chan não tão fácil de achar, está disponível lá.

Tem muitas opções, e você pode personalizar de acordo com seu gosto preferido. De acordo com o seu perfil você também tem sugestões para assistir. 

Aqui eu não estou fazendo propaganda e nem ganhando por isso ( bem que eu gostaria), mas eu acho bacana falar da Netflix porque é uma ferramenta que te permite ver filmes online e não encher seu Pc vírus. Além do mais porque como falei antes, tem muitos títulos exclusivos que não circulam por aí, nem nos melhores sites para baixar filmes. 

Se sua net te permitir ver um filme online, eu acho que é uma das melhores sugestões. Eu sou uma pessoa meio arcaica, e gosto de locar filmes no fim de semana pra assistir. Eu tenho amizade também com o carinha da locadora e isso não permite que eu perca esse costume. Mas se estou de BOBEIRA em casa, e com preguiça eu acho uma ótima opção procurar uns filmes na Netflix. 

Como imagino que vocês já sabem, na Netflix você paga 17,90  por mês ( eram 16) e o primeiro mês é gratuito, você pode usar e quando vencer é só cancelar sem nenhuma taxa.

Mas enfim, eu vou deixar uma listinha simples de algumas sugestões que pra mim são boas e que eu reencontrei na Netflix:

SÉRIES (FAMOSINHAS):

* ARROW
* VIKINGS
* DEMOLIDOR
* THE WALKING DEAD
* SUPERNATURAL
* BREAKING BAD
* HANNIBAL
* DEXTER
* AGENT OF SHIELDS

SÉRIES (CLÁSSICAS)

* ARQUIVO X
* UM MALUCO NO PEDAÇO
* DOCTOR WHO



* BONES 
* POWER RANGERS ( 1993)
* BEING HUMAN
* JERICHO 

DESENHOS

* AS MENINAS SUPERPODEROSAS ( 1998)
* AS TERRÍVEIS AVENTURAS DE BILLY E MANDY 
* DINOSSAURO REY
* LULUZINHA (1998)
* BEYBLADE (2002)
* BARNEY

FILMES DE TERROR

* OLHOS FAMINTOS
* A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA ( 1999)
* O JOVEM FRANKENSTEIN ( 1974)
* O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA ( 2003)
*  ASSASSINOS CIBERNÉTICOS (1995)

FICÇÃO CIENTÍFICA

* GUERRA DOS DRAGÕES
* O LABIRINTO DO FAUNO
* GABRIEL - A VINGANÇA DE UM ANJO
* MIB (1997)
* GUERRA DOS MUNDOS ( 2005)
* VAN HELSING ( 2004)
* THE PHANTOM (1996)
* EQUILIBRIUM ( 2002)



Então é isso pessoas, eu deixei de azul alguns que amo, e vi outros aqui, que já vou assistir pra relembrar e ver pela primeira vez. Se gostaram não se esqueçam nunquinha de compartilhar.




sábado, 2 de maio de 2015

Filme: 50/50 (50%)

Pessoinhas !

Bem, como estou novamente com saudades do Bobeira, vim trazer uma postagem de um filme muito massa que assisti no NETFLIX, apesar de estar lotada de rascunhos que vou deixar ainda mais pra frente.

Vamos ao filme:

O filme é sobre um cara super fofo chamado Adam, ele é extremamente correto, não bebe álcool, não fuma, corre sempre que pode e namora uma garota muito bonita. Seu melhor amigo Kyle o busca todos os dias para trabalhar porque ele não tem habilitação.

Até aí tudo bem, Adam é só um cara bacana, que trabalha numa rádio com seu melhor amigo. O fato é que ele começou a sentir umas dores bem fortes nas costas, principalmente ao correr. Ele teve que procurar um médico, e a partir daí tudo muda.


Ele descobre enfim um tipo de câncer raro, causado por uma mutação genética, do qual ele só tem 50% de chance de sobreviver. O mundo de Adam muda radicalmente, ele começa a frenqüentar a quimioterapia, precisa ficar careca e também passar a ter consultas com Katherine (ela está fazendo sua tese de doutorado, é tipo uma orientadora/motivadora para pessoas com câncer), que é sempre muito atenciosa.


Adam muda sua radicalmente sua rotina, ele se mantém forte, acreditando que tudo vai ficar bem como todos dizem, mas uma grande descoberta sobre sua namorada, vai fazer sua vida mudar ainda mais. Apesar da gravidade dos problemas, ele sempre encontra apoio em seu amigo Kyle, que torna tudo muito engraçado.


O filme é estrelado por um ator que admiro muitíssimo, Joseph Gordon-Levitt, e foi baseado em fatos reais. Para pessoas com câncer, considero um exemplo, pois trata a realidade como ela verdadeiramente é, só que com um pouco mais de zoeira.




























Pessoas, então é isso se gostaram não se esqueçam nunquinha de compartilhar !

segunda-feira, 9 de março de 2015

Adélia Prado - Oráculos de maio

Olá Pessoas !

Bem como sempre eu fico um tempão sem postar nada e apareço igual fantasma.
Mãss...
Hoje eu reli um dos livros da Adélia Prado, o “ Oráculos de maio”, e gostaria de trazer algumas poesias aqui pro Bobeira. Bem, eu não sei se vocês sabem, mas não sou muito chegada em poesia. O real motivo desse post é porque é super difícil encontrar poesias assim na internet. Por isso vou deixar um pouco da autora, o que está na contra capa e vou deixar algumas informações sobre o livro, já que este é um dos seus maiores sucessos.

Adélia Prado
“ Nascida em 1935 na cidade mineira de Divinópolis, é formada em filosofia. A Siliciano publicou Cacos para um vidral, Os componentes da banda, O homem da mão seca, Solte os cachorros, Poesia reunida e, mais recentemente, Manuscritos de Felipa.
Oráculos de maio
O livro vai trazer mais uma vez poemas acerca da religião, do culto às coisas simples e à reflexão. Há também poemas que problematizam a própria poesia. É dividido em seis partes: Romaria, Quatro poemas no divã, Pousada, Cristais, Oráculos de maio e Neopelicano.
Vou deixar aqui o poema que mais gostei de cada parte: ( ou dois se forem pequenos J )

Romaria
Em homenagem à minha amiga Aline:
Mural

Recolhe do ninho os ovos
a mulher
nem jovem nem velha,
em estado de perfeito uso.
Não vem do sol indeciso
a claridade expandido-se,
é dela que nasce a luz
de natureza velda,
é seu próprio gosto
em ter uma família,
amar a aprazível rotina.
Ela não sabe que sabe,
a rotina perfeita é Deus:
as galinhas  porão seus ovos,
ela porá sua saia,
a árvore a seu tempo
dará suas flores rosadas.
A mulher não sabe que reza:
que nada mude, Senhor.

Mulher no cair da tarde

Ó Deus,
não me castigue se falo
minha vida foi tão bonita!
Somos humanos,
nossos verbos têm tempos,
não são como o Vosso,
eterno.

Quatro poemas no divã
Shopsi

Hoje completa um ano
que estou fazendo terapia.
- E o que você conta ao doutor ?
- Que tenho medo panifóbico
de ver minha mãe morrer.
- Só isso ?
- Só. Coisa à-toa,
feito não comer três dias
porque vi formiga de asas,
isso eu não conto mesmo,
só converso coisa séria.
- E ele?
- É muito paciencioso,
diz que meu caso é difícil
mas tem cura com o tempo
e qualquer dia me convida
para uma sessão no sítio.
- Você topa?
- Tou pensando,
vai que aparece lá
uma formiga de asas
e apronto aquele escândalo,
me diz com que cara eu volto
no consultório do homem !
- Mas ele está lá pra isso.
- Isso o quê ?
- Tchauzinho, Catarina, tchau.

Cristais
Em homenagem à minha amiga Jenny:

À Mesa

Faca oxidada contra a polpa verde,
é roxo o amor.
De amoras, não.
De dor.
Arte

Das tripas,
coração.

Oráculos de maio
Estação de maio

A salvação opera nos abismos.
Na estação indescritível,
o gênio mau da noite me forçava
com saudade e desgosto pelo mundo.
A relva estremecia
mas não era para mim,
nem os pássaros da tarde.
Cães, crianças, ladridos,
despossuíam-me.
Então rezei: salva-me, Mãe de Deus,
antes do tentador com seus enganos.
A senhora está perdida ?
Disse o menino,
é por aqui.
Voltei-me
e reconheci as pedras da manhã.


Bem, espero que tenham gostado, não deu para colocar todos e meu Word tá osso, mas se curtiram não esqueçam de compartilhar !

domingo, 4 de janeiro de 2015

Livro: Felicidade clandestina


Meus povos !



Estou aqui com minha primeira postagem de 2015, e para iniciar o ano bem, tenho um pequeno resumo da Clarice Lispector guardado para estudantes de Letras e afins. Bem, eu havia me esquecido completamente dele, mas mexendo aqui nas pastas o encontrei e decide compartilhá-lo, pois pode ajudar outras pessoas com suas pesquisas. Mais informações, acho que vocês encontrarão no Guia do Estudante



Segue então, um breve resumo do livro Felicidade clandestina e uma breve apresentação da autora Clarice Lispector.


 "Felicidade Clandestina" - resumo e análise da obra de Clarice Lispector 


Lançado inicialmente em 1971, "Felicidade Clandestina" reúne diversos textos de Clarice Lispector que foram escritos em diversas fases da vida da autora. Os textos reunidos nessa obra podem mais facilmente serem classificados como “contos”, mas como Clarice não se prendia a convenções de gêneros, todo o conjunto reunido em Felicidade Clandestina migra de gênero em gênero, ora aproximando-se do conto, ora aproximando-se da crônica, ou por vezes sendo quase um ensaio. De fato, muitos dos textos reunidos neste livro foram publicados como crônicas no Jornal do Brasil, para onde Clarice escrevia semanalmente de 1967 a 1972.


Ao todo, Felicidade Clandestina reúne 25 textos que tratam de temas diversos, tais como a infância, a adolescência, a família, o amor e questões da alma. Assim como a crônica que dá título ao livro, muitos dos textos apresentam algo de autobiográfico, trazendo recordações da infância da autora em Recife, alguma personagem que marcou seu passado, etc. Através da recordação de fatos do seu passado, Clarice Lispector busca nos contos fazer uma investigação psicológica de autoanálise.

Uma das técnicas mais empregadas nesses contos é a da narrativa em fluxo de consciência, que é uma tentativa de representação dos processos mentais das personagens. Esse tipo de narrativa não possui uma estrutura sequencial, uma vez que o pensamento não se expressa de uma forma ordenada. Dessa forma, seria como se o autor não tivesse controle sobre a personagem e a deixasse entregue a seus próprios pensamentos e divagações.

Assim, dentro desse processo de associação de ideias e pensamentos desconexos, em um dado momento a personagem passa por um momento de epifania, que é uma súbita revelação ou compreensão de algo. Ao passar por esse momento de epifania, a personagem descobre a essência de algo que muda sua visão de mundo ou sua própria vida. Através desses momentos de epifania, personagens que poderiam ser considerados sem relevância alguma aos olhos da sociedade ganham profundidade psicológica e existencial.

Contos representativos
“Felicidade clandestina”



Nesta crônica a narradora em primeira pessoa conta sua primeira experiência com um livro. Porém, este livro é de uma menina má que o oferece emprestado para a narradora, mas sempre inventa uma desculpa para não entregar o livro a ela. Até que a mãe da menina má descobre isso e entrega o livro para a narradora, que passa a saborear o livro como se fosse um amante. Esta crônica tem um cunho autobiográfico, como comprovou a própria irmã da escritora dizendo que se lembra da “menina má”.

O ponto central desse texto é o conceito de “felicidade”. Nele, a escritora parece se questionar “afinal, o que é felicidade?”. A menina presente na crônica parece conhecer bem o dito popular “felicidade é bom, mas dura pouco”, uma vez que ela se utiliza de todas as formas para prolongar seu sentimento de felicidade. Uma vez que ela ganhou permissão para ficar com o livro pelo tempo que desejasse, ela o deixa no quarto e finge esquecer que o possui, só para se redescobrir possuidora dele. Dessa forma, sua felicidade aparece como um sentimento “clandestino”, já que nem ela mesma pode se conscientizar de sua própria felicidade para que esse sentimento não acabe. Concluísse, portanto, que a felicidade deve ser descoberta a todos os momentos e nas coisas mais simples.

“Amizade sincera”



Este conto é a história de dois homens que se tornam amigos inseparáveis, mas em dado momento começa a faltar assunto entre eles. Os dois vão morar junto, mas não conseguem mais voltar a ser amigos como antes e, por fim, eles tomam rumos diferentes na vida e sabem que não irão mais se ver.

Este conto tematiza os paradoxos das relações humanas e o individualismo das pessoas. Se por um lado queremos manter uma amizade a todo custo, a ponto de quase “ceder a alma” ao amigo, quem de fato gostaria de “ceder a alma”? – pergunta-se o narrador. Assim como aparece em outros contos de Clarice, a relação entre as pessoas parece estar fundamentada em uma “relação de troca”. No conto, os dois amigos já não encontram mais o que “trocar” entre si e disso nasce uma grande melancolia e desilusão, corroendo a amizade entre os dois. Por fim, o que sobra de sincero aos dois é saber que eles não mais se falarão porque escolheram isso.

“O ovo e a galinha”



Este é um dos contos mais emblemáticos de Clarice Lispector. A partir da visão de um ovo que está sobre a mesa da cozinha, o narrador inicia uma série de pensamentos a cerca das mais diversas coisas. Esses pensamentos aparecem de forma aleatória e em fluxo de consciência, onde uma ideia, sentimento, sensação etc, desencadeia outro e assim sucessivamente. Dessa forma, ele vai desconstruindo o objeto que está sendo visto e o ovo passa, então, a ser uma representação de qualquer coisa, física ou abstrata (liberdade, amor, vida, etc.). Assim, através dessa “desconstrução”, o ovo deixa de ser simplesmente um ovo e torna-se a chave para a compreensão do amor, da vida e da própria existência humana.

“Os desastres de Sofia”



Neste conto a narradora relembra seus tempos de escola. Por volta dos nove anos de idade, ela nutre uma espécie de amor pelo professor, um homem feio e aparentemente frustrado. A menina-narradora entra em um jogo sádico com o professor, de forma que ela faz tudo para que ele a odeie. Até que em certo momento da narrativa ele pede para que a sala escreva uma história a partir de dados que ele fornece. Ansiosa para ser a primeira a terminar, a menina-narradora escreve a sua história rapidamente e sai da sala triunfante. Porém, após o professor ler o texto que ela escreveu, ele se mostra impressionado e até sorri. A menina-narradora percebe que o olhar do professor não tem mais o ódio de antes, e ela se desespera com sua nova realidade. A partir disso ocorre um momento de epifania em que ela se depara com a verdade do mundo e sua vida muda.

O título do conto é provavelmente uma alusão a um livro infantil escrito no século XIX pela francesa Condessa de Ségur e que também se chama “Os desastres de Sofia”. Porém, no conto de Clarice, o nome “Sofia” não aparece nenhuma vez além do título. Este nome, “Sofia”, é de origem grega e significa “sabedoria”. Assim como em muitos outros contos da escritora, o núcleo temático de “Os desastres de Sofia” parece ser o da autodescoberta. Isso parece ser sugerido também pela ausência do nome Sofia no conto, pois a personagem estaria em busca de sua própria identidade, o que acontece só ao final do livro com o momento de epifania.

Por fim, cabe ressaltar que a narradora traça o seu passado de uma forma autobiográfica, mas ela não o faz de uma forma “fiel”. Ao invés de simplesmente contar os fatos e acontecimentos de seu passado, ela o reinventa a partir das experiências do “eu” presente. Isso fica bem marcado em passagens em que a narradora confessa ter dúvidas sobre o que aconteceu ao certo em determinadas ocasiões e se mostra constantemente hesitante. Assim, através da reconstrução não sistemática de seu passado, a narradora constrói a imagem que faz de si mesmo no seu presente.

Comentário do professor



O Prof. Marcílio Gomes Júnior, da Oficina do Estudante, frisa que Felicidade Clandestina foi publicado no auge da carreira de Clarice Lispector, sendo o seu quarto livro de contos. Como escritora, pode-se dizer que Clarice já havia atingido sua maturidade e conseguia realizar com maestria o que seria o ponto chave de suas obras: o estudo e análise do ser humano. Através de um mergulho no universo interior das personagens, Clarice trazia à tona temas existencialistas e as contradições, dúvidas, inquietudes do ser humano. Nesse ponto, o prof. Marcílio comenta que ela se aproxima bastante de escritores como o russo Dostoievsky (autor de Crime e Castigo), e dos brasileiros Machado de Assis e Graciliano Ramos. Em seus contos, Clarice também explora muito o tema da família e seus confrontos, exibindo o cerne da família brasileira.

Quanto à questão existencialista, o prof. Marcílio chama atenção para o fato de que esse existencialismo sempre conduz o sujeito (as personagens) para um inevitável isolamento. Assim, em toda a obra de Clarice Lispector teremos personagens desconfiadas, inadaptadas ao meio em que vivem, com temores e inquietações. Através de um mergulho no interior do ser humano, essas personagens cheias de crises existenciais sempre irão passar por um momento de epifania, que seria um “momento de tomada de consciência” ou um “momento de iluminação”. Esta experiência epifânica irá ampliar o campo de percepção da personagem e ela será elevada a outro nível de consciência, passando a ver o mundo a sua volta de outra maneira. Assim, após ver a existência humana de um novo modo, a personagem ou voltará a ser o que era, mas agora com uma consciência elevada, ou então irá manter seu novo estado de consciência.

Por fim, o prof. Marcílio ressalta que como a preocupação de Clarice é com a personagem em si e sua viagem ao interior do ser humano, o cenário físico ao redor é muitas vezes deixado de lado. A não ser que o cenário interfira diretamente ou ativamente na história, não encontraremos nenhuma passagem descritiva nos contos de Clarice. Além disso, a escritora utiliza uma linguagem subjetivada, abusando de adjetivos, metáforas e comparações. Do ponto de vista formal, vale a pensa ressaltar que Clarice utiliza um chamado estilo circular, que consiste na repetição sistemática de palavras, expressões ou frases, para conseguir um efeito enfático.

Sobre Clarice Lispector


Clarice Lispector nasceu em 10 de dezembro de 1920 em Tchetchelnik, Ucrânia. Quando tinha cerca de dois meses de idade, seus pais migraram para o Brasil, terra que considerava como sua verdadeira pátria. Em 1924, a família mudou-se para o Recife, onde iniciou seus estudos. Por volta dos oito anos, Clarice perdeu sua mãe. Três anos depois, a família muda-se para o Rio de Janeiro.







Ingressa em 1939 na Faculdade de Direito, e publica no ano seguinte seu primeiro conto, Triunfo, em uma revista. Forma-se em 1943 e casa-se no mesmo ano com o diplomata Maury Gurgel Valente, com quem teve dois filhos. Durante seus anos de casada, mora em diversos países pela Europa e nos Estados Unidos.


Em 1944, publica seu primeiro romance, Perto do coração selvagem, vindo a ganhar o Prêmio Graça Aranha, da Academia Brasileira de Letras, no ano seguinte. Separa-se de seu marido em 1959 e volta para o Rio de Janeiro com seus dois filhos. No ano seguinte, publica seu primeiro livro de contos, Laços de família.

Em 1967, um cigarro provoca um grande incêndio em sua casa e Clarice fica gravemente ferida, correndo risco inclusive de ter sua mão direita amputada. Porém, após se recuperar, continua com sua carreira literária publicando diversos livros.

Publica em 1977 seu último livro, A hora da estrela, vindo a ser internada pouco tempo depois com câncer. A escritora vem a falecer no dia 9 de dezembro do mesmo ano, véspera de seu aniversário de 57 anos.

Suas principais obras são: "Perto do coração selvagem" (1944), "Laços de família" (1960), "A maçã no escuro" (1961), "A legião estrangeira" (1964), "A paixão segundo G.H." (1964), "Felicidade clandestina" (1971), "Água viva" (1973) e "A hora da estrela" (1977).






Espero que tenham gostado, e que possa ajudá-los !
Não se esqueçam de compartilhar *--*


Sugestões para Leitura !

  • A Marca de Uma Lágrima - Pedro Bandeira
  • A marca de uma lágrima - Pedro Bandeira
  • A outra face - Deborah Ellis
  • Deltora Quest - Emily Rodda
  • Diário do Vampiro - Lisa Jane Smith
  • Encontro Marcado - Fernando Sabino
  • Melancia - Marian Keys
  • Na rota do perigo - Marcos Rey
  • O Alienista - Machado de Assis
  • O menino do Pijama Listrado - John Boyne
  • Pegasus e o Fogo do Olimpo - Kate O´Hearn
  • Por trás do Nevoeiro - Stella Carr
  • Sonho de uma Noite de Verão - Willian Shakespeare